sábado, 20 de novembro de 2010

Vicky Cristina Barcelona ...e Maria Elena, claro!


"Só um amor não realizado pode ser romântico". Esta é uma das falas que ouvimos no filme Vicky Cristina Barcelona. Vicky(Rebecca Hall) e Cristina(Scarlett Johansson - presença constante nos filmes de Allen) vão à Barcelona por motivos distintos. Enquanto Vicky vai em busca de pesquisa para o seu mestrado, Cristina vai a procura do que procura - redundante? não. Ela é a personificação da busca constante de si mesma, mas só sabe de uma coisa: o que não quer. Já Vicky é a personificação da praticidade. E, em uma noite, encontram com Juan Antonio(Javier Bardem) pintor e um homem bastante sensual como todo espanhol.

A cidade de Barcelona é o cenário para o desenrolar dessa história tão bem escrita e dirigido por Woody Allen. Allen torna palpável aos olhos a irracionalidade e maluquices do amor, com Vicky percebendo que este sentimento pode não ser tão prático e racional como pensava e Cristina acreditando ter encontrado o que procurava.

O filme todo é muito envolvente, mas se torna muito mais envolvente quando surge em cena Maria Elena - interpretada pela belíssima e maravilhosa atriz Penélope Cruz. Maria Elena é intensa. Tão intensa quanto sua paixão por Juan. Ela, assim como Juan, é uma artista. Pinta quadros que expressam todo seu interior carregado, apaixonado e inquieto. Só acalma sua inquietude quando passa a fazer parte da relação entre Juan e Cristina. Na verdade todos - Cristina, Juan e Maria Elena - vivem um momento produtivo e inspirador quando se relacionam e se apaixonam uns pelos outros.

A trilha sonora complementa a sensual narrativa com canções cantadas em espanhol e inglês. De todas as músicas, "Barcelona" na voz de Giulia e Los Tellarini, talvez seja que mais se encaixa filme. E a letra poderia muito bem ser considerada como parte escrita do roteiro.
O filme ainda tem algo interessante, e que vale ressaltar, a presença de um narrador em 3ª pessoa. Sempre que acontece uma mudança ou um acontecimento no enredo da trama o narrador aparece - enquanto a cena vai rolando e os personagens realizando suas tarefas normalmente - relatando o que determinado fato trouxe de conflito ou solução as vidas das personagens.

Vicky Cristina Barcelona é um filme que merece ser apreciado uma, duas, três...muitas vezes.

*Imagens: Poster do filme a esquerda e a direita algumas cenas do longa.

Fica a dica para uma sessão cinema em casa, pessoal!

Excelente domingo!

Bjs!

6 comentários:

  1. Woody Allen? Pois bem... Intressante esta mistura no teu blog de puro entretenimento (ou quase), como "Nosso lar" e "Harry Potter" com filme que constituem obras de arte (ou ao menos dela se aproximam), como "Dançando no escuro" e "Vicky Cristina Barcelona". Perceba uma notória diferença: quando se fala nos dois primeiros filmes, por acaso, se pensa nos diretores? No caso de HP até houve diretores relativamente renomados que assumiram a "batuta" da obra, mas a referência principal sempre foi o livro. No caso da obra espírita, acho que em nenhum momento se enfatizou a figura do diretor. DIferente é o que ocorre com os outros dois filmes; mais que "Vicky Cristina Barcelona", aquilo é Woody Allen. No caso de "Dançando no escuro" talvez isto se dê menos, em virtude da presença de Bjork, mas quem conhece a filmografia de TRier sabe que ali está seu estilo próprio, pessoal.

    Não assisti o filme comentado na postagem e só aceitei Allen este ano (fui com uma amiga assistir ao delicioso "TUdo pode dar certo " - que será resenhado no meu blog - e apenas por este virei fã do diretor); se não estou enganado, li comentários não muito positivos sobre "Vicky Cristina Barcelona"e sobre os filmes mais recentes do cineasta como um todo, mas confesso que tua resenha fez-me interessar pela obra.
    Johansson tornou-se musa de Allen nos filmes mais recentes, mas era um bebê na época de seus maiores clássicos; além disso, há filmes recentes nos quais ela não aparece (em "Tudo pode dar certo" a beldade loura fica de fora, mas a compensação é que o asqueroso Allen tbm não aparece - fica apenas atrás das câmeras, onde ele é melhor). Não gostei muito de "Match Point", mas parece que neste ("Vicky..."), além consegue misturar bem a beleza e sensualidade explorada em "Match Point" com uma maior profundidade (quiçá ironia - ai te pergunto, há muita ironia neste filmes?) expressa em filmes mais antigos (em que pese a nítida influência de Dostoievski em "Match Point", achei-o comum demais p/ o padrão ALlen, enfim).
    O fato é: o cinema de Allen é autoral e mesmo quando erra ele vale apena (ainda que alguns sejam bastante forçados).


    Ps.:Todo homem espanhol é sensual? Pero non mucho, não?

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  2. kkkkkkkkkkkkk

    me acabei de ri em alguns pontos do seu comentário.

    sim, sei q Scarlett não aparece em todos os filmes de Allen...e não, graças a Deus ele não aparece em Vicky...tb não gosto das aparições dele em alguns filmes.

    MAs eu gostei muito sim do filme. Li algumas críticas q não apreciaram muito o filme, mas gostei bastante.

    "Ps.:Todo homem espanhol é sensual? Pero non mucho, não?" ri demais qd li...vc tem senso de humor! respondendo: todo homem espanhol tipo Javier Bardem hahaha

    abraços!

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  3. Todas as aparições de Allen, seja em seus próprios filmes ou onde mais quer que seja me dão nauseas. Ele é bastante talentoso, mas não consigo olhar p/ sua cara, e nem se trata de restrições pessoais; acho sua figura deprimente e só mesmo se auto-depreciando é que podemos atura-la/o.

    Não sei até que ponto as críticas se referiam a ser o filme fraco em relação aos clássicos mais antigos, fraco mesmo em relação aos recentes ou fraco no sentido de sem originalidade, mesmo que muito bom no que se propõe a fazer (o caso de "Tudo pode dar certo" parece ser este: ótimo filme, mas que não acrescenta nada a outros tantos que ele já dirigiu).

    Vc se enganou redondamente. Não tenho senso de humor; apenas quis corrigir teu erro notório, e mesmo retificando vc continua em erro: se "todo homem espanhol tipo Javier Barden" é sensual, isto implica, por um lado, que nem todo homem espanhol é sensual (nisso vc de fato corrigiu sua assertiva anterior), mas implica tbm, por outro lado, que nem todo homem tipo Javier Barden que não seja espanhol é sensual. Penso que isto seja verdade; talvez até nenhum seja, mas não acho que foi isto que quiseste dizer, pois acredito que, em sua opinião, existe (ou pelo menos podem existir) homens (mesmo que poucos) que sejam tipo Bardem e sejam sensuais mesmo sem ser espanhois.

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  4. Faltou dizer quem tem emprestou o filme, né?
    huahuahauahuahua...

    Muito bom o site.
    Bjos!!

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  5. Nossa Miradouro, vc conseguiu dá um nó na minha mente. Sei de mais nada agora. Ambiguidade ou não Javier Bardem tem seu charme. Mas os espanhóis e espanholas são belos mesmo.

    bjs!

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  6. Olha, olha olha olha, quem apareceu por aqui. Finalmente, né Miguelito??? rsrsr

    Tá bom. Vou corrigir esse erro incorrigível(sentiu meu tom irônico, Miguel??? kkkkk)

    Bom, corrigindo:

    PESSOAL QUE ACOMPANHA ESSE BLOG. OFILME VICKY CRISTINA BARCELONA ME FOI EMPRESTADO PELO MEU FOFINHO AMIGO. MEU AMIGO QUERIDÍSSIMO MIGUELIRO!

    Melhorou, Miguel Tá mais feliz??? hahaha


    Feliz q tenhas deixado a marca da sua presença no blog!

    ah, sobre o blog: obrigada, são seus olhos! :)


    Bjs, gato! ;)

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