sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Noite feliz ontem, hoje e sempre! =)


Quando somos crianças aprendemos a acreditar em um bom velhinho com roupas vermelhas, botas, gorro vermelho, barba e cabelos brancos que possui a expressão e o olhar mais doce de todo natal. Ele representa o espírito e a magia desta data.
Aprendemos também que neste dia - 25/12 - é uma data especial em que comemoramos o nascimento de Jesus, com sua bela mensagem de amor ao próximo.

Com o passar dos anos, a medida que vamos crescendo, acontece uma mudança em que a magia é trocada pelo consumismo da pós-modernidade. Para todos os lados que olhamos enxurradas de propagandas usam o natal para fisgar mais e mais gente. Tudo bem, natal e consumo combinam, podem dizer alguns. Não estou falando que é errado o "sair as compras", mas é que nos últimos anos a essência verdadeira dessa data tão especial tem sido perdida no caminho.

É ótimo presentear quem gostamos e amamos. E claro que as pessoas que amamos merecem sempre o melhor presente. Mas além do presente na sua forma material, acredito ser mais importante o presente que alenta e aquece a alma. Um abraço, um beijo, um "eu te amo", um "estou com saudades", um perdão, um reencontro, um volto logo...e porque não um "feliz natal" dito e vindo do fundo do coração e da alma. Pode parecer pouco, mas para quem o recebe, junto com um sorrido sincero, desperta os mais lindos e belos sentimentos de fraternidade.
Fraternidade! Uma palavra simples, mas que engloba muitos outros sentimentos como amizade, bondade, amor, carinho, felicidade, afeto, sinceridade...enfim, todos o bons sentimentos.

É noite de natal espero que aquela criança , que sempre esteve dentre de todos, renasça mais forte e que acredite sem questionamentos e dúvidas na beleza e magia do natal. Acredita simplesmente porque sabe que não precisa de provas para crer no que existe. Então, espero que esta criança seja reencontrada por aqueles que a deixaram de lado. E desejo também que os que a mantém dentro de si, nunca a percam e que sempre continuem acreditando.
Desejo ainda que o espírito de natal perdure por todo o ano que se aproxima e pelos próximos anos também!


FELIZ NATAL À TOD@S!!!!!!! =)

Feliz 2011 - Feliz novo ano à tod@s também! =)

Bjs!!!!!

domingo, 19 de dezembro de 2010

"Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa"


Estou aqui ouvindo uma linda canção de antigamente. E põe antigamente nisso, acredito da década de 1980. Chama-se Wuthering Heights (traduzindo: tempestuosas colinas), de composição(se não estou enganada) e voz de Kate Bush. Lembram dela? Nossa, fazia tempo que não ouvia sua linda voz peculiar.

E eis minha surpresa, dias atrás quando ouvia esta mesma canção com amigos, e percebi, pela tradução, que a letra falava de um certo Heathcliff. Quando criança não sabia nem o significado da letra somente agora, após tantos anos sem ouvir a canção, pude prestar pela primeira vez atenção na letra.

E sabem minha descoberta?

Heathcliff, é o mesmo Heathcliff do filme O MORRO DOS VENTOS UIVANTES. Filme que , por sua vez, foi adaptado da clássica obra literária homônima da escritora e poetisa inglesa Emily Brontë. Longa-metragem que tinha visto fazia um tempo bastante considerado, mas que ficou marcado em minha vida pela magnífica história que o cinema me apresentou. Quando comecei a assistir ao filme lembro, como se fosse hoje, que acretiva ser o mesmo chato e parado. Mas fui cativada pela narrativa que me envolveu e me transportou para os Morros dos ventos Uivantes e para a bela história de amor entre Heathcliff e Catherine ou, como canta Kate na sua música, entre Heathcliff e Cathy.

Heathcliff, um órfão cigano, é acolhido pelo Sr. Earnshaw, pai de Cathy e de Hindley. Hindley hostiliza Heathcliff desde sua chegada à família, que suporta todo sofrimento por amor a Cathy. Sofrimento que aumenta com a morte do Sr. Earnshaw que o protegia. Cathy, mesmo apaixonada por Heathcliff, casa-se com seu rico vizinho Edgar, pois ansiava por uma vida melhor. Esse casamento arruina a vida e as ilusões de Heathcliff que foge da casa e retorna dez anos depois, como um rico proprietário, para se vingar de todos que o humilharam.

O filme é de 1939 e foi dirigido por William Wyler. Tem nos papéis principais Laurence Olivier (Heathcliff) e Marle Oberon (Catherine Earnshaw). O longa concorreu a oito estatuetas do Oscar, mas ganhou apenas o prêmio de melhor fotografia. E a fotografia é realmente belíssima! Perdeu a maioria dos prêmios para ...E o vento levou, filme estrelado pela esposa de Laurence, a estonteante e maravilhosa Vivien Leigh. Agora, difícil realmente a decisão do júri da academia, pois são duas obras da cinematografia mundial que não dá pra definir qual seria melhor. Apesar de ser apaixonada pelo ...E o vento levou, O Morro dos ventos uivantes é uma obra que merecia a estatueta de melhor filme.

Não sei se o filme, O Morro dos ventos uivantes, é de fácil acesso. Mas se tiverem a oportunidade de ver e apreciar essa maravilha do cinema, não perderão tempo. O longa é em preto e branco - adoro filmes em preto e branco - e...é lindo!

E a música, podem questionar. Acertei?
Escutem e, com toda certeza, quem tem acima de 20 anos vai recordar sim da canção. Acredito que mesmo quem tenha uma faixa etária abaixo dos 20 anos pode ter escutado, em algum momento, da vida esta música: Wuthering Heights ( Kate Bush). E quando ouvimos e olhamos para a letra desta canção, para quem já viu o filme, a associação é imediata. Principalmente quando ela canta o refrão. Vou deixar uma parte desta música aqui. E ela diz:




Wuthering Heights
( Kate Bush)

Lá fora nas tempestuosas colinas
Nós giravamos e caíamos no gramado
Seu temperamento era como meu ciúmes
Ardente e ávido demais
Como pôde me abandonar
Quando eu mais precisei te possuir?
Eu te odiei, eu te amei também

Sonhos ruins à noite
Você me dizia que eu perderia a luta
Deixaria para trás minhas tempestuosas tempestuosas
Tempestuosas Colinas

Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela

Oh, aqui é escuro e solitário
Deste outro lado, longe de você.
Eu sinto tanta saudade, eu percebo que o destino
Fracassa sem você
Estou voltando amor, cruel Heathcliff
Meu sonho, meu único mestre

Há muito tempo eu vagueio pela noite
Estou voltando para o seu lado, para consertar isto
Estou voltando para casa, para minhas tempestuosas, tempestuosas
Tempestuosas Colinas

Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
...


Se tiverem a oportunidade, escutem esta música e assistam ao filme.Vale muito e...é lindo! =)
ah, se quiserem, o clip da canção pode ser visualizado no youtube. clip antiqüíssimo rsrs


*Título do post: Letra de Kate Bush
*Imagem: Poster do filme de 1939

Excelente semana, pessoá!

Bjs!!!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Um filme para muitas gargalhadas


Para quem quer ir ao cineam e dar altas gargalhadas o filme da hora é: MUITA CALMA NESSA HORA. Produção nacional com um elenco bem conhecido do grande público.Elenco que conta com a presença de Andréia Horta(interpreta Tia) Gianni Albertoni(no papel de Mari) , Fernando Souza ( como Aninha) e Débora Lamm (encena Estrella). Essas 4 mulheres arrasam em Búzios - RJ em busca apenas de diversão e novas experiências.

Tia pega seu noivo a traindo, Mari quer apenas relaxar sem nenhum homem por perto que atrapalhe seu descanso e Aninha - a melhor de todas na minha opinião - é a indecisão em pessoa. Ela é tão indecisa que pra não ter que decidir resolve, por exemplo, pedir um saquê e uma cerveja. É que é muito difícil pra ela decidir quais das duas bebidas ela quer beber. Pra completar o quarteto, entra em cena Estrella em busca do seu pai. A última notícia que sua Abuelita - interpretada por uma das melhores atrizes do Brasil Laura Cardoso) - relata é que seu pai estaria vivendo em Búzios. Estrella não pensa duas vezes e sai a procura dele.

Búzios nunca mais será o mesmo paraíso depois da passagem dessas quatro. Estejam preparados para muitas, mas muitas gargalhadas mesmo. O filme ainda conta com a presença de atores/humoristas como Leandro Hassum, Bruno Mazzeo, Lúcio Mauro Filho, a maravilhosa Maria Clara Gueiros, o humorista do momento na minha opinião Marcelo Adnet (do Comédia MTV e 15 minutos) entre outros.

Buba é outra personagem que adorei, interpretado por Luís Miranda. Conhecido por sua participação no programa Sob Nova Direção e em filmes como Carandiru, Buba(Luís) é uma drag queen maravilhosa e uma diva como toda drag queen deve ser. Sua aparição em cena sempre é garantia de risos. E risos altíssimos. Uma cena em particular - não vou dizer qual - não saiu de minha mente mesmo depois que a mesma tinha terminado. O que aconteceu? Continuei lembrando e rindo no cinema, claro. hahaha

Bom, fica aí a dica para quem quiser ir ver um filme light e divertido. Dica que estou repassando, pois só soube que o filme era divertido assim pela indicação de uma pessoa amiga e querida que me avisou. E Ítala, tô falando de tu aqui! Como te disse, via e-mail, adorei a dica e o filme também. VALEUS!!!!!

Vortando: Então, nada mais justo do que dividir com vocês aqui, e indicar também, essa diversão que o cinema trouxe pra gente. Afinal, cinema além de nos fazer refletir, trazer relatos de fatos históricos, passados e atuais para a telona, também pode nos fazer ri sem compromisso. Né verdade? Isso é o bom da sétima arte: seu ecletismo!


*Imagem: poster do filme!

Boas risadas e gargalhadas, pessoá!


Bjs!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Trinta anos sem John Lennon

"Dizem que eu sou louco por fazer o que faço"


Há exatos 30 anos John partiu. Naquele dia - 08/12/1980 - mundo perdia um de seus mais brilhantes músicos. Ele brilhava escrevendo falas como a que está na legenda da foto acima.

Lennon trazia para suas músicas indagações e afirmativas sobre coisas que o pertubavam ou que ele não concordava. A poesia que encontramos em suas músicas nos tocam até os dias de hoje. Como?!
Simples. Pelo menos para mim, não consigo ver imagens de um conflito bélico ou de intolerância que acontece no dia-a-dia e não lembrar de suas tão bem lindas palavras de Imagine: "Imagine não existir países/Não é difícil de fazê-lo/Nada pelo que matar ou morrer/E nenhuma religião também/Imagine todas as pessoas/Vivendo a vida em paz" E como ele mesmo fala no refrão: "Você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único. Espero que um dia você junte-se a nós e o mundo será um só" E John realmente não estava só, pois muitos se "juntaram" em torno dessa letra. Não em torno dela, mas do seu significado. Digo, houve identificação e até hoje a canção é cantada e apreciada por muitos que como ele almejavam - e ainda buscam - um mundo sem diferenças, sem intolerância e sem conflitos. Um mundo onde a paz seja algo concreto a ser praticado e não um sonho distante.

Infelizmente, um homem que lutou tanto pela paz, veio a sucumbir por um ato de violência. Mas sua(S) mensagen(S) de paz e união, contidas em muitas de suas letras e músicas, continuam perpetuando e conquistando novos seguidores. Novas gerações que não conviveram com os The Beatles e nem quando ele iniciou sua carreira solo viraram seus fãs - eu sou uma dessas pessoas.

Não conheço todo seu repertório, mas sinto suas músicas e me identifico com o que ele escreveu. Quer seja uma mensagem de paz, que seja uma música mais introspectiva e questionadora de si mesmo.

Enfim, um dia para relembrar e ouvir Lennon com saudade. Saudade de um músico que se tivesse ainda entre nós com certeza nos teria presenteado com muito mais canções belas, simples e com lindas mensagens também. Mas ele continua e continuará a encantar mais e mais gerações com suas letras e canções. Afinal, a arte não morre jamais e as palavras de John Lennon irão continuar até sempre.


* A frase da legenda na foto de Lennon é de sua música Watching the wheels. Mais uma canção que adoro!

*Foto: John Lennon


Boa quinta-feira, pessoá!

Bjs!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"A guerra é um vício"


Aproveitando que terminei a disciplina Crítica de Cinema, vou postar a última crítica solicitada pelo professor. O filme escolhido, como definiu o educador, ficaria a nosso gosto e eu optei por falar sobre o ganhador do Oscar deste ano. Estou falando do filme GUERRA AO TERROR. Como estou meio sem tempo, como vocês podem perceber pela pouca quantidade de posts aqui no blog, vou dividir o texto com meu queridos e queridas companheiros(as)(anônimos(as) e não-anônimos(as)) que acompanham este blog.

Espero que curtam e gostem do meu escrito. Ah, gostei da minha nota! Mas não vou falar sobre isso aqui, apenas dizer que aprendi bastante com a disciplina cursada neste semestre, que está chegando ao fim.




Segue o texto:


Guerra ao Terror

(crítica)

“A guerra é um vício”. Esta é uma afirmativa que o filme Guerra ao Terror traz logo no seu começo. Afirmação que o espectador compreende, no decorrer do longa, através dos passos do Sargento William James (Jeremy Renner).

Will chega para substituir outro sargento que, assim como ele, desarma bombas no Iraque. O cenário, como percebido, é a Bagdá pós-guerra. Uma capital imersa em problemas sociais, econômicos e, principalmente, políticos. Políticos porque grupos extremistas atacam a própria população para expressar todo seu ódio pela invasão e permanência das tropas norte-americanas em seu território.

Toda essa leitura da ira é percebida nas entrelinhas ou, em alguns momentos, no próprio filme que demonstra isso. Como? Quando, por exemplo, um carro em alta velocidade cruza o caminho do Sargento James, enquanto o mesmo caminhava em direção a uma provável bomba “enterrada” no chão de uma Avenida em Bagdá. O olhar do motorista, dentro do carro, e sua resistência em não atender ao “pedido” de James para retornar e sair da área de perigo, expressa sua raiva para com o Norte-Americano.

A descrição da cena acima não é o cerne do filme. A narrativa principal do longa-metragem está centrada nos problemas enfrentados pelos soldados quando em situação de guerra, como a constante presença da morte no dia-a-dia da companhia bravo – companhia da qual James participa juntamente com outro sargento e um soldado. Durante o filme há também uma contagem regressiva dos dias que faltam para que esta companhia termine sua missão. Essa representação da contagem para os dias que faltam, que chega até o último dia, pode-se dizer que tem como significado o renascimento e o poder continuar vivo.

O desejo e a fixação na morte são permanentes, principalmente na figura do soldado Owen Eldridge (Brian Geraghty) que está sempre em conflito consigo mesmo acreditando que irá morrer na próxima missão. O medo que Eldridge sente, e sua normal “paranóia” em relação a sua morte, representa a “paranóia” de milhares de soldados que passaram ou ainda se encontram em uma guerra.

Já para o “viciado” em guerra Will, a morte não é um problema, pois ele necessita da adrenalina que a guerra, e o desarmar das bombas, o faz sentir. O sentir-se bem nessa atividade é tão intenso para James que quando é dispensado, terminando sua missão e retornando para sua vida cotidiana de cuidar do telhado da casa, fazer compras com sua esposa e filho no supermercado e preparar o jantar são tarefas que não o satisfaz. É incrível a visualização desse tipo de reação, pois há sempre relatos sobre alguns homens que se sentem muito bem nos momentos de conflitos bélicos. Mas ver isso através da produção cinematográfica torna mais palpável tal declaração.

Kathryn Bigelow (diretora) busca trazer ao público esse tipo de reflexão. Reflexão representada na atuação de um ou outro personagem , mas que pode facilmente ser a de quem assiste ao filme. O espectador pode muito bem se colocar naquela situação de stress e pensar: que tipo de “personagem” eu seria? o soldado que teme a morte ou o sargento que parece gostar de brincar com ela? Talvez para gerar tal meditação a diretora tenha optado por não escalar um elenco com grandes estrelas do cinema, evitando assim ofuscar a mensagem do vício que ações bélicas podem despertar em um ser. Mas acima de tudo - com estrelas ou não - o filme mostra que a guerra é um horror para quem a vive e para quem a assiste.


Excelente restinho de sexta-feira!

Excelente fim de semana a tod@s!


Bjs!