quinta-feira, 20 de maio de 2010

O arco-íris e o texto de Miguel Falabella


Vi dois arco-íris essa semana, um na terça-feira(18/05) e outro nesta quinta-feira(20/05). O arco-da-chuva(como é também chamado), do dia 18 à caminho a faculdade, estava não muito visível, mas repassava a mesma beleza. Mas, o mais espetacular que já vi foi hoje, quando estava chegando em casa, onde pude ver o arco-celeste completo. Quero dizer, ele estava visível por completo, para qualquer parte que olhasse eu podia vê-lo com suas cores bem nítidas, tornando o nublado muito mais belo. Essa simples, mas belíssima, aparição do arco-íris me fez lembrar e recordar minha infância, fase em que comçamos a aprender a sonhar, sonhar, sonhar...e sonhar!

E foi vendo e lembrando dos arcos-íris que me recordei o texto escrito por Miguel Falabella para a revista ISTOÉ(Miguel é colunista da revista). Sua coluna deste domingo teve como título "SONHAR NÃO CUSTA NADA". Falabella consegue usar as palavras para nos emocionar de maneira bem profunda, onde parece descobrir nossos mais profundos sentimentos e pensamentos. Miguel tem o dom de escrever sobre coisas que a maioria de nós sentimos, o que quero dizer é que ele escreve o que gostaríamos de escrever e dizer.

Mas voltando ao "sonhar" de Miguel...ele começa falando sobre um amigo que mora na Europa e que teve seus planos de viagens mudados devido ao vulcão da Islândia. Seu amigo que não vê há um bom tempo e que iriam se encontrar para abrandar as saudades, completando logo em seguida "não poderemos mais nos abraçar e lembrar como sonhávamos porque os laços mais fortes de uma geração de amigos são os sonhos compartilhados, sem dúvida alguma" A partir dessa fala, Miguel chama a atenção para as diferentes maneiras de sonhar das novas gerações, onde nos lembra que devido ao tempo correr mais rapidamente para essa geração, tem tornado os sonhos mais objetivos e lembra não existir mais tempo para os "sonhos-que-não-podem-ser", chamando atenção para o fato de ainda existirem pessoas que acreditam e não desistiram, digamos, de sonhar da maneira de antigamente.

No entanto, Miguel toca em algo que todos passamos, quer seja algum representante da nova geração quer seja um representante de uma geração anterior, ao falar dos sonhos abandonados e esquecidos que continuam dentro de nós, em algum lugar guardado lá no fundo de uma caixinha poeirada, mas que ainda tem algum resquício dentro de nós. Sonhos que abandonamos pelo caminho e que de alguma maneira, às vezes, tentamos revivê-los ou , até mesmo, resgatá-los. Afinal, Miguel lembra muito bem, "somos feitos de sonhos" e conclui, talvez como se quisesse fazer com que continuássemos acreditando, "aprendi que um sonho prematuro, com cuidado, desejo e afeto, pode sobreviver e tornar-se uma daquelas raras alegrias eternas" Mas Falabella sabe muito bem o mundo em que vivemos, que não permite a prática do "esporte" sonhar e que tem como palavra do momento "objetividade". Mas, como em todos os tempos, existem os rebeldes que não abrem mão de serem da maneira que são, ou seja, rebeldes sonhadores!

Ah, Miguel cita uma poetisa americana, Emily Dickinson, que por coincidência estou lendo uma antologia poética dela, e que entendi como sendo uma forma de demonstrar como continuar acreditando neste "esporte".

Emily diz:
"Nunca falei com Deus/Nunca fui até o céu/Para ir lá adivinho/Qual é o melhor caminho!" Bonitas palavras, né mesmo?


Uma vida de bons sonhos para todos! ;)

Boa quinta-feira!!!

bjs!

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