segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Um por todos e todos por um?"


Quando somos muito jovens criamos um ideal de amizade que ultrapassa a barreira da realidade. Na verdade, a realidade é que buscamos, desde pequenos, encontrar aquele "amigo do peito" que vai está apostos para ajudar - SEMPRE - naquele momento difícil e, porque não, participando e comemorando dos momentos felizes.

Será? Será que esses amigos perfeitos não foram construídos por nós mesmos? será que idealizamos tanto, mas tanto, que não percebemos que eles são seres humanos e como tal, como pertencente a esta espécie, possuem um alto grau de possibilidade em falhar e nos decepcionar? Aliás, existe amigo perfeito? Não. Claro que não.

Amigos não são super-heróis e não podem estar sempre a nossa disposição...será que alguém ainda acredita nisso? ou melhor, deseja essa disposição toda? Eu sei que não! Mas a questão é que não precisamos de 100% de presença diária nas nossas vidas dos escolhidos para "amigos do peito", mas que eles não nos deletem de suas vidas e nem nos esqueçam. Não queremos ser lembrados esporádicamente e nem ser a última opção de alguém.

Quando chegamos a ser a última opção daquele amigo que é a nossa primeira opção, quer dizer que nunca chegamos a ser a sua primeira opção. Quando enxergamos que quem é prioridade para nós não nos ver como sua prioridade, percebemos que essa amizade de verdade pode ser uma idealização apenas nossa. Pior, quando estamos felizes, esperamos que nossos amigos também sintam nossa alegria, né mesmo? Ciúme é normal, eu também sinto ciúmes dos meus amigos, mas eu sei discerni e enxergar a felicidade e ficar feliz por eles.
Espero que comigo seja da mesma forma e que respeitem minhas escolhas, espero também que eu esteja errada, mas sei que não estou. Eu vi e senti. Mas dá pra sobreviver, pois existe coisa muita mais importante e que preenche por completo o meu ser.

Então, vale apena continuar acreditando no sentimento de "amizade"? Ainda acho que sim, afinal de contas acredito desde que nasci.

Boa semana, pessoá!


Bjs!

Um comentário:

  1. Sua reflexão é pertinente em termos gerais, e me remete a duas amizades minhas: uma ("a" amizade) que anda distante, o que acaba sendo inevitável à medida que as pessoas mudam e seus caminhos se afastam. O carinho é o mesmo, já o contato, cada vez mais escasso.

    O outro caso se trata duma flagrante e sistemática assimetria na amizade: não se trata de ter o outro como primeira opção e não ser correspondido nisso (talvez até o seja), mas de sentir pouco retorno; afinal, nenhuma relação (seja romance, seja amizade) pode ser uma via de mão única. Penso que neste sentido sua situação e a minha se equivalem.

    Idealizar faz parte da vida, não só no âmbito da amizade. O importante é estarmos cientes disso (de que idealizamos); e o que me consola é que enquanto algumas pessoas vão (mesmo que não em termos absolutos), outras surgem em nossas vidas, conquistando espaços importantes.

    Boa semana!

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