domingo, 29 de agosto de 2010

Nosso Lar: Contagem regressiva


E cá estou de novo para falar sobre a proximidade da estreia do filme Nosso Lar nos cinemas.
Na próxima sexta-feira, dia 3 de setembro do ano de 2010 , chega às 400 salas de cinema espalhadas pelo Brasil o tão aguardado filme Nosso Lar. E cá estou na contagem regressiva desde o dia em que soube que a película estava sendo filmada.

Como todos devem saber o filme é baseado na obra homônima psicografada por Chico Xavier. Eu tive a oportunidade de ler o livro, no entanto não cheguei a concluir a leitura do mesmo. Mas confesso que vou dar continuidade, ou melhor, ler novamente do inicio.

Acho que já falei aqui que, ao ler alguns dos capítulos que compõem o livro, imaginava a cenas em minha mente. E poder ver, ainda no trailer, alguns desses momentos da minha leitura é incrível! É incrível porque o filme faz esse "imaginar" se tornar palpável aos meus olhos.

Esse post é mais um lembrete para todos relembrarem a data de estréia do filme.

Mesmo resfriada e com um pouco de febre tinha que escrever aqui, mais uma vez, sobre este filme. Um filme que vai muito além de uma obra de arte. Pois está retratando um dos livros mais importantes para mim. E mesmo que não tenha lido toda a obra, o que farei muito em breve, é importantíssimo para mim. Importante porque já leio e estudo sobre a doutrina espírita desde minha adolescência e digo que me faz muito bem e que traz muita paz.

E não, o filme não busca uma doutrinação. O próprio diretor do filme, Wagner de Assis, afirmou em entrevista "não ter a intenção de doutrinar ninguém". Além do mais, o espiritismo não força ninguém a aceitar sua doutrina, o espiritismo não diz que sua doutrina é a"verdade" absoluta, o espiritismo não importuna e nem força ninguém a seguir seus ensinamentos. Ao contrário, é uma doutrina que respeita todas as outras crenças.

Vou abrir um parêntese aqui e trazer uma opinião particularmente minha. No que concerne as religiões de uma maneira geral, para mim, não existe uma que seja a verdade absoluta. Vou ser mais clara, não existe um religião certa. Para mim, cada uma das instituições religiosas que habitam esse grandioso globo terrestre tem sua forma de pensar DEUS. Sendo assim, todas instituições nos levam ao caminho do bem e é isso que importa. Então, não existe isso de uma religião "A ou B ou C ou D" achar que o que afirma seja a única verdade e o certo a ser seguido. O que importa na verdade é nos sentirmos bem dentro de uma determinada instituição, o que importa é sermos bons seguindo e praticando o bem. Pois, ao meu ver, é isso que o Ser supremo espera de nós que sejamos bons e amemos uns aos outros, praticando o bem e amando ao próximo. Essa é a máxima que nosso Pai sempre nos ensinou. Eu sou espírita, pois me faz bem e me traz paz estudar a doutrina. É através da doutrina espírita que tenho respostas as minhas indagações e me identifico com ela. Esta é a minha verdade e espero que seja respeitada, assim como respeito a de todos.

Enfim, é um filme para todos que apreciam a sétima arte. Uma oportunidade para alguns críticos do espiritismo buscar entender e compreender esta doutrina. Mas repito, não é um filme apenas para espíritas e sim um filme para todos.

Espero que sintam a paz que eu sinto ao ver o trailer. O filme traz muito mais, garanto! Como? Eu apenas sinto.



Boa semana!


Bjs!

4 comentários:

  1. Eu vi o filme ontem no UCI Iguatemi-Fortaleza, me deixou anestesiado , gostei da sutileza de como foi tratado o tema e como já tinha lido o livro” muitas vezes “ foi de certa forma uma nova descoberta, mantendo a essência moral com uma sutileza que só o universo cinematográfico nos proporciona.Trilha de tirar o fôlego e um gostinho de que vem continuação...porque o final deixou essa impressão. Parabéns Wagner e equipe pela belíssima produção.

    Fraterno abraço!
    Geraldo Valintim

    veja mais sobre NOSSO LAR no meu blog:
    http://valintim.blogspot.com/2009/08/nosso-lar-o-filme.html

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  2. Opa, Geraldo!

    Todos estão falando muito bem sobre o filme.



    Ainda não vi, mas vou ver logo, logo.

    ah, pode deixar q assim q tiver um tempinho dou uma passada no seu blog. Valeu a dica!

    Abraço Fraterno!

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  3. Espero que a srta. não se ofenda com as discordâncias críticas; li “Nosso lar” a muitos anos atrás e lembrava de pouca coisa; comecei a ler “O livro dos espíritos” recentemente por motivos pessoais, mas minha releitura (ainda em curso) de “Nosso lar” se deve em grande parte ao filme (pretendo fazer uma confrontação entre ele).
    Esta questão da materialização do pensamento literário através do cinema é uma faca de dois gumes, pois, se por um lado, é possível a confecção de cenários estonteantes (um dos melhores exemplos que me vêem a mente é o da trilogia “O senhor dos Anéis”), por outro lado ao empreender tal materialização o cineasta restringe nossa liberdade de pensamento. Por exemplo, não consigo mais pensar nos ents (as arvores que andam) sem lembrar de sua caracterização no filme, o mesmo valendo p/ Gollum, Sam, Frodo, etc. Porém, o tal Tom Bombadil ficou de fora do filme e ainda é-me possível imaginar de modo quase inteiramente livre como ele seria (não inteiramente, pois Tolkien descreve algo de sua aparência, se não estou enganado). De qualquer forma, pelo que o trailer nos mostrou, os cenários de “Nossa lar” parecem realmente belos (o Umbral lembra Mordor rs).
    Vamos ao primeiro problema/ discordância: apesar de não ter visto ainda o filme, penso que seja um exagero considera-lo arte. Evidentemente, a questão “o que é arte” é um tema demasiado complexo e que por si só mereceria debate; no entanto, para mim, o fato de ser esteticamente belo e eticamente profundo não são condições suficientes para considerar um filme como arte. Quais são tais condições eu não saberia dizer, apelo p/ a subjetividade. Quanto ao sentido especial que a obra tem p/ ti, este sim é o aspecto fundamental; me surpreendi positivamente com “Chico Xavier”, pois o esperava demasiado “novelesco” e nem foi tanto. No entanto, o grande mérito da obra é sua mensagem ética, e não aspectos estéticos.
    De fato, o espiritismo (assim como o budismo, mas talvez menos que este) é bastante flexível em relação à crença religiosa diferentes. No entanto, ainda que o filme não vise doutrinação, existe, sem sombra de dúvida, certa dose de proselitismo, ou ao menos de divulgação. E justamente pelo fato de isso ser um tanto sutil, a estratégia deverá surtir o efeito desejado (se fosse um filme nitidamente catequético, certamente afastaria boa parte dos não-espíritas, sobretudo os ateus e os crentes ortodoxos de outras religiões; já os curiosos/ simpatizantes da doutrina – como eu – talvez fossem ver, mesmo que por mera curiosidade).
    Me permita “peiticar”mais; não são as instituições religiosas que levam ao caminho do bem (muitas delas estão corrompidas até o talo!), mas os bons pensamentos/ sentimentos e ações. Isto é um pensamento meu, mas foi dito ontem por alguém numa reunião espírita da qual participei. As instituições talvez sejam necessárias (ao contrário do que eu pensava, e talvez ainda pense), pois em “Nossa lar” mesmo elas possuem papel fundamental, havendo toda uma organização hierárquica cuidadosamente administrada. Porém, em nosso plano infame, por vezes o oficial/ institucional/ legal corresponde ao bestial, como bem exemplificou a tal da Inquisição.
    Confesso que minhas expectativas com relação ao filme não são muito boas, tanto pelo fato de que em geral as adaptações de livros para o cinema perdem nitidamente para o original, como também pelo risco de a obra apelar para clichês e sentimentalismos piegas. Porém, espero que a mensagem de paz e equilíbrio perpetrada pela obra faça com que as pessoas reflitam e repensem suas condutas, bem como as leve a ler o livro, que certamente terá algo mais a acrescentar.

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  4. Olá, Miradouro Cinematográfico!

    é sempre bom ouvir e ler outras opiniões e agradeço por vc expressá-la aqui.

    Será sempre bem-vindo aqui no blog!

    Respeito muito as suas colocações e sua opinião!

    E obrigada por aqui comparecer!



    Abraços!!!

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