sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre o filme Nosso Lar


Há muito tempo que queria postar algo sobre a maior produção do cinema nacional até o momento, falo de Nosso Lar. E decidi postar o meu texto crítico sobre este filme, realizado recentemente como um dos 5 trabalhos para a disciplina de crítica de cinema que curso na faculdade.

A principio não iria postá-lo aqui, pois gosto de me inserir dentro dos meus textos aqui no blog. E, como vocês poderão perceber, o texto é mais objetivo do que subjetivo. No entanto pretendo retornar, posteriormente, com uma postagem mais subjetiva, ou seja, em que poderei expressar toda minha percepção pessoal a respeito desse filme que tanto me encantou e emocionou.

Bom, sem mais delongas, segue abaixo o meu trabalho:



Para onde vamos após a morte?

Essa é uma dentre tantas questões que o homem se faz desde sempre. E uma, dentre tantas possíveis “respostas”, pode ser vista nas telas dos cinemas desde o último dia 03/09 com a estréia do filme Nosso Lar. O título do filme é homônimo ao livro do qual foi adaptado e traz a história do espírito André Luiz (interpretado pelo ator Renato Prieto) que desencarna chegando a Colônia Nosso Lar, uma cidade espiritual onde os espíritos desencarnados buscam aprender e a trabalhar na preparação para uma nova reencarnação.

O longa, a todo momento, traz flashbacks e uma narração feita pelo “personagem” principal, em que o mesmo aparece em fases distintas da sua existência terrena. Mas as explicações não ficam apenas focadas na vida dele e sim perpassa por todo o “novo” mundo que estava sendo revelado ao desencarnado, como as explanações de locais no mundo espiritual como o Umbral. Não deixando assim, o espectador que não leu a obra se perder na narrativa.

Na verdade, todas as personagens têm em suas falas alguma elucidação sobre o porquê de tudo. Personagens como Lísias (vivido pelo ator Fernando Alves Pinto) que auxilia André trazendo respostas às dúvidas do “recém-chegado”. Há ainda a presença de atores que merecem destaque, como Ana Rosa (vivendo o papel de Laura, mãe de Lísias) e Paulo Goulart (dando vida ao ministro do “auxílio” Genésio) que trazem ensinamentos nas suas alocuções. Vale ressaltar que eles participaram também da obra Chico Xavier - O Filme, que trouxe no seu enredo o “gênero” espírita às telas. E o “gênero” espírita, ou “cinema espírita”, parece que vem agradando ao público. É só olhar para os números de duas produções anteriores à Nosso Lar: Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito (de Glauber Filho) que alcançou um contingente acima do esperado e o já citado Chico Xavier (de Daniel Filho) que levou aos cinemas 3,4 milhões de pessoas.

O filme (Nosso Lar) pode ser divido em dois momentos que estão ao mesmo tempo ligados entre si. Pois ao lado das explicações sobre a colônia caminha às explanações que apresentam os ensinamentos e as reflexões necessárias ao “personagem” André. Ensinamentos que podem perfeitamente ser “traduzidos” como os princípios da Doutrina Espírita, doutrina esta seguida por mais de 20 milhões de brasileiros. Mas, como bem frisa Wagner Assis (diretor e roteirista do longa) no Jornal Diário do Nordeste da cidade de Fortaleza – CE, o filme não visa doutrinar ninguém.

E parece que Wagner já sabia o que viria pelo caminho, pois alguns críticos - após assistirem às pré-estréias pelo Brasil - expressaram em suas críticas que o filme trazia essa “doutrinação”. No entanto, a resposta do público parece ser contrária ao olhar desses críticos, uma vez que os relatos da grande maioria dos espectadores estão voltados para a emoção e a aprendizagem que o filme trouxe. Ele, o público, em seus comentários, que podem ser acessados em sites e blogs, não estão se sentindo doutrinados, mas sim tocados pela história.

Essa aceitação e acolhimento do “cinema espírita” demonstra que o tema “vida após a morte” sempre foi algo que aguçou a curiosidade humana. Deste modo, retornando a pergunta que consta no início deste texto, fica claro que a mesma merece ser reformulada caso seja confeccionada pela perspectiva do filme Nosso Lar. Assim, a nova questão pode ser obtida através de uma das falas do espírito André Luiz, quando este se encontra já no mundo espiritual e questiona: “Alguma vez você imaginou vida, depois da vida?” E a resposta é encontrada no próprio longa-metragem, ou seja, a resposta é o próprio filme.


*Imagem: Pequena foto de uma das seqüências de cenas mais belas, para mim, do longa-metragem!

Bom fim de semana, pessoal!

Bjs!

P.S. O professor já corrigiu o trabalho, por isso estou postando.




2 comentários:

  1. Assisti ao filme a mais de um mês; pretendia resenha-lo, mas fui adiando, adiando e agora acho que nem lembro muito do que pretendia escrever. P/ ser sincero, apesar de ter achado o filme legal (mas ñ bom, no sentido forte da palavra), ele ñ me instigou muito a escrever, mesmo eu tendo relido o livro com intento principal de enriquecer a resenha. ACabei assistindo outros filmes (os quais ñ resenhei na íntegra ainda) e talvez "Nosso lar" seja posto p/ escanteio, até pq há outros filmes que quero assistir, de modo que revê-lo seria contraproducente. Quem sabe quando sair em dvd eu comente, até pq, ao menos até entao, minhas postagens eram centradas em filmes mais antigos, ñ nos em cartaz.

    Embora tenha sido tomado por certa paz ao assistir a obra (segundo a crença espírita, espíritos evoluídos estão presentes nas sessões, como uma espécie de reunião espírita cinematográfica), e apesar de sua bela msg, bem como igualmente belas paisagens, achei-o (como já esperava) fraco enquanto arte. Trata-se dum ótimo entretenimento (sobretudo para os menos exigentes), mas ñ é daqueles filmes que me despertaram o interesse de ser revisto; aliás, este foi o caso de todos os longas nacionais que assisti esse ano (exceto "Não se pode viver sem amor"), sendo que ñ assisti ain da o segundo "Tropa de elite".

    Confrontemos nossas subjetividades em sua próxima postagem acerca de "Nosso lar". BOm fds.

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  2. Claro, espero seu comentário qd postar minha subjetividade sobre o filme Nosso Lar!

    Obrigada pelo comentário!

    Boa semana!

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