domingo, 12 de fevereiro de 2012

Eu, por Neruda


Eu, por Neruda

De tanto amor minha vida se tingiu de violeta
e fui de rumo em rumo como as aves cegas
até chegar a tua janela, amiga minha:
tu sentiste um rumor de coração quebrado

e ali da escuridão me levantei a teu peito,
sem ser e sem saber fui à torre do trigo,
surgi para viver entre tuas mãos,
me levantei do mar a tua alegria.

Ninguém pode contar o que te devo, é lúcido
o que te devo, amor, e é como uma raiz
natal de Araucânia, o que te devo, amada.

É sem dúvida estrelado tudo o que te devo,
o que te devo é como o poço de uma zona silvestre
onde guardou o tempo relâmpagos errantes.


(Pablo Neruda - Cem Sonetos de Amor, página: 77)


*Imagem: de Pablo Neruda


Excelente semana à tod@s!!!

Bjs!

2 comentários:

  1. Sim Marcinha..."senti" um rumor de coração quebrado...e fugi. Fugi da teia do orkut, da teia do facebook...aquilo tava me deixando deprimida, amiga. Mas ainda passeio pelas estradas do e-mail e do twitter (que graças a Deus não me abduziu com o orkut e o face). Lembra daquele fenômeno que foi mostrado no telejornal...aquele das aranhas q se juntaram no topo das árvores durante uma cheia (não sei onde) e teceram todas juntas os galhos, e as árvores ficaram parecendo um "algodão doce" enorme? Pois é, eu tava me sentindo um formiguinha presa naquele emaranhado (chamado FB)... e minha alegria tava morrendo... Resolvi desativar minha conta (dá pra reverter, mas não pretendo fazê-lo nem tão cedo) do FB...dá um tempo do mundo virtual. Voltar ao tempo "das cavernas" qndo só havia grunhidos mas o povo se entendia. rss

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  2. PS.: Eu tô perdendo GLEE!!! kkkkkkk Tô com sono... ainda acordada mas com sono. =(

    Se precisar, é só chamar. ;)

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