terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro"


A frase título deste poste é encontrada no finalzinho do filme A Lista de Schindler. Longa de 1993 que resgatou a história de Oskar Schindler, um empresário na 2ª Guerra Mundial, que visava com o conflito apenas seu crescimento como homem de negócios. Para tanto, se tornou membro do partido nazista e conquistou a confiança e "amizade" do alto escalão da SS (polícia secreta de Hitler). Assim, conseguiu fechar importantes contratos para venda de panelas às tropas Hitleriana.

A Guerra, infelizmente, sempre foi um amplo campo para os negócios e Oskar sabia disso. Ele se instalou na Polônia quando as forças alemães iniciaram a "transferência" dos judeus para o Gueto de Cracóvia, posteriormente estes mesmos indivíduos são levados para o campo de concentração Plaszów. É justamente desse contingente que foi retirada a mão - de - obra que Schindler necessitava para dar início a sua fábrica de panelas. Para o ajudar na contabilidade da empresa contrata Itzhak Stern, judeu que é responsável, também, por salvar idosos, crianças e doentes das atrocidades que os soldados nazistas praticaram, pessoas ditas inúteis ao trabalho em uma fábrica.

Schindler visando apenas seus lucros e crescimento como empresário despertou para o que acontecia ao seu redor e, juntamente com Stern, faz uso do dinheiro que a guerra trouxe para comprar, isso mesmo, comprar os judeus de Plaszów. Campo de concentração este comandado pelo oficial da SS Amom Göth, interpretado com veracidade por Ralph Fiennes. Amom foi o típico nazista sanguinário que não pensava duas vezes para matar alguém em seu campo.

Steven Spielberg conseguiu tanta veracidade na sua direção que, do começo ao fim do filme, a emoção é latente. Não tem como não se emocionar. O filme leva as lágrimas literalmente. Além dos protagonistas principais - Liam Neeson, Ben Kingsley e Ralph Fiennes - Spielberg trabalhou com um elenco grandioso que nas suas atuações mostraram pessoas reais. Pessoas que foram obrigadas a deixar suas vidas e histórias para trás, pessoas que lutaram com todas as sua forças pelo direito de viver, pessoas que perderam entes queridos, pessoas que foram subjugadas pelo fato de serem ditas como diferentes dos então intitulados "raça pura".

Sabemos o que foi a Segunda Guerra Mundial e o que este conflito bélico deixou de perdas humanas. Mas mesmo tendo este conhecimento é difícil imaginar que judeus, negros, homossexuais, ciganos, doentes, idosos, doentes mentais e tantas outras minorias tidas como inferiores foram massacrados e mortos por mãos impiedosas e desumanas. Uma guerra em que um desvairado(espertíssimo) usou de sua oratória conseguindo angariar a confiança de uma nação - a Alemã - para chegar ao poder e tentar submeter povos de outras nações na sua louca busca em construir um império.

Nada justifica uma Guerra. Nada justifica o genocídio que foi a Segunda Guerra Mundial.
Mas a Lista de Schindler mostra - assim como o filme Operação Valquíria - que mesmo quem parecia estar ao lado dos insanos, não pactuava das mesmas ideologias loucas de Hitler. Não puderam vencê-lo diretamente, mas conseguiram burlar seus oficiais - como Schindler o fez - e salvar vidas. Quantos outros Oskar Schindler - anônimos - fizeram o mesmo. Schindler pode ser reconhecido como um grande salvador de vidas, mas não podemos esquecer dos salvadores anônimos que salvaram uma, duas.. "n" vidas durante esta guerra. Eles, assim como Oskar, merecem nosso respeito e nosso muito obrigado. Eles também salvaram o mundo, pois "aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro".


A lista de Schindler além de um belíssimo filme é um relato da história do Século XX. Um relato com muita veracidade dos fatos e acontecimentos de um período sombrio da história mundial. Vale a pena ver e rever este filme.

Excelente semana à tod@s!!!!!!
Bjs!


5 comentários:

  1. Não sei. Assisti ao filme há muito tempo e talvez revendo-o, mude de opinião, mas não creio. Trata-se sim dum filme muito bem realizado não só em termos técnicos, mas tbm estéticos, políticos, enfim. Atuações ótimas e tal, porém o filme não me tocou, e olhe que tenho uma queda por filmes de guerra. Não sei bem explicar, talvez seja Spielberg. Não sou fã dele e considero "Amistad" como seu grande filme (outro no qual a história - e não simplesmente a estória - é fundamental).

    Kubrick classificou "A lista de Schindler" como um filme otimista. A ti, te parece?

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    1. Pode ser que não seja um filme que venha a te tocar mas sim um livro "Mein Kampf" Seja mais seu estilo

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  2. Não sei se é pq Spelberg é um dos meus diretores preferidos, mas
    este filme em particular me tocou de uma maneira avassaladora. Não sei tb se pela temática, pois tenho muito interesse sobre esta parte da história mundial. E mais precisamente, dentro desse leque sobre Segunda Guerra Mundial, o holocausto. Tb não sei se devido ao meu primeiro contato, qd adolescente, como livro O Diário de Anne Frank, mas só sei que é um dos filmes que trata desse tema que mais me emocionou e marcou.
    Sobre a afirmativa de Kubrick, faço uma leitura - que tb é a minha leitura quanto A Lista de Schindler - que sim é otimista do ponto de vista - repito, ao meu ver - da atitude e ação de Schindler e do despertar dele para a atrocidade que acontecia. E não só de Schindler, mas de tantos outros "Schindler" que tb socorreram e ajudaram a salvar vidas e q tb não eram de acordo com o que desenrolava aos seus olhos.
    No entanto, tb acho um filme horrendo pq, talvez, tenha sido o longa que mais se aproxima - se é que isso seja capaz - das barbaridades cometidas em nome de um louco e insano(que sabemos, não era tão louco assim, mas muito esperto o Hitler).

    ops, acho q falei demais,né? rsrss

    Sempre muito bom debater e dialogar com vc, Miradouro!

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  3. JA VI VARIAS VEZES ESSE FILME E TODAS AS VEZES CHORO MUITO.

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  4. Quem não gostou do filme
    Porque não entendeu o comesse meio e fim

    O comesso o cara é apenas humanista

    No meio se torna uma ponte entre dois mundos

    No fim um Salvador que entende que salvar vidas era o propósito pelo qual ele veio a vida

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