Imagine all the people living life in peace.You may say i'm a dreamer, but I'm not the only one(John Lennon)
sábado, 29 de maio de 2010
Se não conseguir rir leia Turma da Mônica...
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A dor em Emily Dickinson
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O arco-íris e o texto de Miguel Falabella
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O mais novo filme sobre Robin Hood
domingo, 16 de maio de 2010
Um hobby relembra um filme
sábado, 15 de maio de 2010
"O sol nas bancas de revista me enche de alegria e preguiça quem lê tanta notícia, eu vou...""
O Sol – Caminhando contra o Vento
(comentário)
O Sol – Caminhando Contra o Vento, filme/documentário de Tetê Moraes e Martha Alencar, nos remete ao ano de 1967, ano de fundação do jornal-escola de nome homônimo ao título do documentário.
O Jornal foi idealizado pelo jornalista, poeta e artista plástico Reynaldo Jardim, que juntou profissionais e estudantes da área das Ciências Humanas dos cursos de História, Letras, Ciências Sociais e Comunicação, selecionados através de um concurso realizado para a contratação de 30 estagiários, que não sabiam, mas estavam adentrando em um veículo de comunicação que seria símbolo de uma época e de uma juventude.
O que chama mais a atenção, ao ver o documentário, são as feições das personalidades que participaram e estiveram presentes em suas palavras no jornal. Pessoas como o repórter “aluno” José Ribamar Bessa, que em suas falas nos deixa emocionados, pois ele fala com o coração de um período no qual acreditava poder mudar o mundo, como ele mesmo define. E é nesse momento que Ribamar vai delimitando o seu espaço para realizar sua mudança até chegar à sua sala de aula, onde ele mesmo diz que se pelo menos puder passar essa vontade para cada aluno, ou até mesmo para um aluno que seja, vai estar realizando seu desejo de mudar o planeta. José Ribamar, hoje em dia, é professor de jornalismo em uma Universidade de Manaus. Temos aí outro ponto interessante que o documentário nos traz, a apresentação das pessoas envolvidas neste projeto e o que cada uma está fazendo no momento atual, onde muitos ainda são jornalistas, escritores, mas onde outros trilharam caminhos distintos como entrar para o serviço público, por exemplo.
E o mais emocionante e que mais nos chama a atenção, analisando o documentário como um todo, foi a oportunidade de nos depararmos com imagens de fatos acontecidos no período que o jornal foi fundado, ou seja, pós-golpe de 1964, momento do AI-5, estudantes, intelectuais e artistas fazendo suas vozes serem ouvidas nas inúmeras passeatas que aconteceram pelo Rio de Janeiro, bem como pelo Brasil. Some a tudo isso os relatos das pessoas convidadas para participarem do documentário e que foram manchetes de notícias do jornal, como os cantores Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, atores como Hugo Carvana, Ítala Nandi e Betty Farias, Gilberto Braga(autor da excelente minissérie Anos Rebeldos, que retrata justamente este momento da História do Brasil), bem como a presença de cineastas como Arnaldo Jabor, momentos em que falam onde estavam e como viveram aquele período da ditaduta. São relatos interessantíssimos e ouví-los é como se nos teletransportássemos para aquela década de 1960 e sentimos, atraves desses relatos e da imagens que são exibidas, toda a emoção que eles nos repassam.
Este documentário nos dá a oportunidade de voltar no tempo, sentir histórias de vidas e rever uma época do Brasil onde pessoas lutavam por ideais e pelo direito a ter direito. Como o simples direito de expressão de suas opiniões, que hoje nos é permitido graças à luta de pessoas como as retratadas neste filme e que merecem toda a nossa gratidão, bem como admiração.
E aí, que acharam?
Eu adorei o documentário e recomendo que vejam, pois podemos ver esse momento da História do Brasil pela ótica de inúmeras pessoas, pessoas que passaram e viveram esse momento. São acontecimentos que nos interessam e que vale muito conhecer.
Fica aí a dica!
Bom domingo!
Bjs!
P.S. Estava com saudades de escrever aqui!!!!! =)